Em pleno século XXI, vemos carroças disputando palmo a palmo com automóveis as ruas das grandes cidades. Animais sofridos com aparência de cansados, doentes, famintos e por fim, esgotados de tanta exploração produzidas por pessoas sem um pingo de amor por esses animais. Autoridades ignoram, muitas pessoas se sensibilizam com essa barbárie, porém em vão. O que podemos fazer?
A cidade do Rio de Janeiro é um grande exemplo de omissão no controle e o fim dessa prática, sabendo, que existe lei no Estado que proíbe esse meio de exploração, porém ignorada aos olhos de todos. A lei 7.194/2016, de autoria do deputado estadual Dionísio Lins (PP), foi sancionada pelo ex-governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial. Porém inócua, ineficaz e inútil porque assim eles querem.
O texto, ainda sim, abre exceção para os animais utilizados em áreas rurais do estado, onde são necessários como meio de locomoção e sustento, e em atividades turísticas, como as promovidas na Praça Xavier de Brito, conhecida como Praça dos Cavalinhos, na Tijuca, na Ilha de Paquetá e em Petrópolis, o que claramente também é exploração e completamente desnecessário.
Não é possível que não existe outro meio de sustento sem ser explorando, mutilando. Sem contar que, pra sustentar animais de porte grande não é barato, o que leva a crer que esses animais não passam por controle de saúde, check up, cuidados veterinários, e muito menos tem uma boa alimentação. Pedimos aos atuais governadores que façam valer o bom senso, a lei e por fim, o mais importante, o respeito pelos animais.
"PROÍBAM DE VEZ CARROÇAS EM ÁREAS URBANAS E ACABEM COM ESSA MISÉRIA SOCIAL VISÍVEL E INSUPORTÁVEL, QUE SÓ MOSTRA A FALTA DE ESTRUTURA DOS GOVERNOS."
Não podemos mais aceitar carroças torturando animais em pleno sol de meio dia, de 40° graus em asfalto que chega a 50° no verão, sem sombra, água e comida. Tais seres são tratados como máquinas, sem nenhuma empatia. Esses covardes batem, chicoteam, torturam, e quando já não servem os descartam como se fossem coisas, com as patas quebradas, bicheiras ou qualquer outra que o tornem inúteis a sua exploração.
Vendo pelo lado tributário, observamos carroças caindo aos pedaços com animais doentes em vias expressas, disputando-as com carros de 100 mil reais, que pagam impostos e muitas vezes são impedidos de avançar por ter essa "tecnologia" primitivista e escravagista a sua frente. Ora! Sejamos honestos, se pagamos impostos sobre impostos, somos cobrados pelo Detran, Conatran, o diabo TRAM que for, etc. Por que carroças circulam livremente isentos, e o mais agravante, surrando e matando, sem que não haja nada quem os impeça de trafegar, bloquear e emporcalhar as vias?
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Jota Caballero