É uma realidade que está vindo a tona. Diariamente as redes sociais jogam milhares de imagens chocantes de todo tipo de abuso contra animais, incluindo estupros, espancamentos, torturas, assassinatos, exploração, etc. Esse é o verdadeiro planeta Terra, se você não o conhece, provavelmente está dormindo.
Há pouco tempo atrás, não tínhamos ideia da selvageria que possuímos em nossa essência, não sabíamos de fato quem éramos, como também muita gente até hoje ainda não sabe. A internet nos trouxe onipresença, informação e conhecimento de cada centímetro desse pequeno ponto azul, perdido nesse infinito universo que nos abraça. Através dessa estamos descobrindo o mundo que produzimos, que reflete hoje o mal que inserimos nele desde que descobrimos que temos o poder de domínio do intelecto, e uma falsa sensação de supremacia que nos eleva ao status de dominadores em todos os sentidos nesse pequeno e temporário planeta.
A partir desse princípio, outras espécies sofrem seus maiores pesadelos nas mãos da espécie humana, que vai de brutal escravidão para todo tipo de fim imaginável e inimaginável. Noventa por cento dos humanos incluem carne em sua dieta, esse ponto é crucial para desqualificar em número, grau e gênero os animais não humanos.
Isso em tese justificaria em uma declinação de respeito e igualdade que teríamos com esses seres, já que como igualar sentimentos sobre aqueles que torturamos, matamos e comemos? Então fica claro que, enquanto o ser humano tiver em sua dieta o consumo de organismos semelhantes aos seu, jamais existirá o reconhecimento que esses seres são tão iguais em sentimentos, que deriva do físico ao psicológico.
Além do consumo exagerado de carne, que se justifica pelo lucro da pecuária, nós humanos aproveitamos tudo que é derivado, como couro, pele, ossos, chifres, etc. E isso força a mais uma situação. Muitos animais que não tem sua carne valorizada e até mesmo popularizada, por não possuir um paladar favorável a sua procura, ainda sim, são consumidos de outras formas, são extremamente valorizados pelo valor de sua pele, e isso produz uma caçada desumana, para saciar egos de megalomaníacos, que pagam fortunas por peles, couros e todo tipo de quinquilharias desnecessárias para agradar alguém que paga muito caro por isso, e menosprezar o animal explorado, que paga com sua própria vida.
Não parando por aí, a prostituição de orangotangos e outros animais na Europa, Ásia e outros animais em qualquer parte do mundo. Prostíbulos que atendem a zoófilos (humanos que fazem sexo com animais), bizarro, não? Isso caracteriza distúrbio psicológico em seus praticantes, pois não é aceitável praticar sexo com um animal de outra espécie, e ainda contra sua vontade, o que caracteriza estupro e abuso de incapaz. .
A exploração não para, quando se tem uma infinidade de interesses mercadológicos que vai do consumo, entretenimento e todo tipo de exploração, tudo recheado com indiferença pelo próximo. Quando digo próximo, falo sem constrangimento, sem ter medo de parecer ridículo. O que me faz ter essa capacidade de passar por cima de tudo e respeitá-los, é enxergar o mundo doente em que nós vivemos. Observar que não respeitamos nem a nós mesmos por ignorância total de nossa condição temporária, imagina respeitar outros seres, correto?
Exploramos de todas as formas, como se tivéssemos certeza do que estamos fazendo, certeza que isso não causa dano a todo ecossistema, certeza que isso aqui não acaba. Só que não!
Seja no Ocidente ou no Oriente, só mudam as vítimas, mas a crueldade é mesma. Somos o ápice da consciência nesse planeta, ou senão, os únicos a possuir, mas demonstramos total desprezo pelas nossas faculdades mentais, intelecto, capacidade de raciocínio e organização mental a nossa volta. O mundo está conhecendo quem de fato somos, e será que dará tempo de salvarmos o mundo de nós mesmos?
Poderia escrever por horas, e tentar desenvolver raciocínio em cima desse assunto tão peculiar a todos nós, mas em contrapartida tão ignorado. A verdade é: vivemos em um mundo doente, completamente insano, nos tornamos desproporcionais como habitantes nesse pequeno espaço, somos uma praga em descontrole populacional, consumindo tudo e todos, melhor se comparando, iguais a cupins. Mas tudo passa, tudo passará.
Esse texto não é para causar desespero em que se auto reconhece, e sim dar força para se tornar melhor a cada dia, reconhecendo nossos irmão terrenos, e tentando de todas as formas que pudermos, tentar acordar a humanidade dos males que a assola, o egoísmo existencial e a falsa supremacia.
Jota Caballero