Somos conduzidos por ela, arrastando infinitos vagões de condicionamentos pela via férrea chamada vida.
Abandonar essa locomotiva, te faz dono de sua razão, e talvez senhor da sua verdade.
Viajamos pela nossa existência, vendo paisagens repetidas, sentindo os mesmos aromas, observando as mesmas imagens. Isso nos faz repetitivo, cansa, aqueles que por alguma razão consegue observar algo maior além de si, além dessa pequena viagem.
Esses que descobrem o quanto somos pequenos, e o quanto nossa viagem nesse trem é curta, e o quanto essa é manipulada para que não descubramos novos caminhos.
Vagões de condicionamentos, guiados pela locomotiva da ignorância, são aqueles nós carregamos durante nosso processo de aprendizagem, assim que embarcamos nesse. São carregados por religiões, culturas, e todo tipo de enxerto social, que te faz um boneco de coisas.
Para um processo inicial é necessário, mas passa a ser desnecessário, quando começamos a descobrir essa locomotiva, que nos guia limitando-nos, que nos ilude, e por fim faz da nossa existência uma viagem improdutiva.
Então, vamos começar à esvaziar os vagões, deixar costumes de lado, e começamos encher esses espaços com dúvidas, questionamentos, e aquilo que nos faz único, a nossa individualidade.
Quando estamos na locomotiva guiados à mercê, não somos, apenas estamos sendo levados pelo coletivo, e não por nós mesmos.
Assume-se, guia-se, seja!
Jota Caballero