quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

CANSADO, MAS NÃO DERROTADO




A grande batalha invisível que travamos todos os dias, nos mata aos poucos. Muitos não se enxergam em uma guerra, esses estão com os corpos totalmente tomados de morfina social. São apenas corpos vazios de verdade, de vontade, de vida, ou seja, cheios de nada.

Morfina dá prazer, anestesia à alma e distorce à dura realidade a convertendo em uma falsa felicidade. E os dopados questionam; - Onde está a guerra que não vemos? Vemos um mundo maravilhoso, não há problema algum nele. Não sentimos sua dor.

Mas, para quem a enxerga a guerra, essa é cruel e injusta. Cada dia deixamos pedaços de nós mesmos por onde passamos, lutamos e morremos sim, morremos todos os dias... todos os dias, para aqueles que sentem a ferida sem analgésicos, sem proteção, sem ilusões.

Deixamos pedaços de nós, condicionamentos que nos fizeram acreditar que eram necessários, deixamos ilusões que víamos como realidade e mentiras tidas até agora como verdade. Pra quem enxerga essa guerra, vê corpos todos os dias, de inocentes, de seres que nada tem a haver com tudo isso que nós humanos promovemos, um banho de sangue sem fim.

A era tecnológica, hoje faz uma guerra mais justa, pois nos deu armas que são essenciais para cada soldado no fronte, para talvez uma vitória, ainda sim sofrida, mas terá fim em breve.

A informação e conhecimento, armas fundamentais para nossas lutas internas, essas, primordiais para a grande guerra a qual travamos dentro de nós hoje, saber quem somos e para onde vamos.

Ajudem-se uns aos outros, juntos somos fortes.

Essa é a minha guerra... cansado, confesso, mas não derrotado.

Jota Caballero
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