Frequentemente ouvimos que somos o topo da cadeia alimentar, e com isso justificamos nossa conveniência e nossa voracidade alimentar. O ego humano infla, quando esse se põe acima do bem e do mal, acima da fraqueza alheia, da impotência existencial de animais não humanos, a qual produzimos em escala industrial.
Nosso paladar hoje denota superioridade, que espantosamente consegue tomar o lugar da sobrevivência coletiva, ou melhor, o risco ao próprio planeta em que vivemos. Não conseguimos enxergar a destruição de nós mesmos, quando fabricamos vidas a níveis estratosféricos para uma pseudo "necessidade" alimentar, que destrói florestas, cria desertos para pastos, produz um inesgotável mar de dejetos lançados na natureza, produzindo transformações climáticas irreversíveis, que mudam drasticamente o planeta direcionando para sua deterioração.
Na minha concepção, deixamos a cadeia alimentar a partir do momento que passamos a fazer parte da cadeia consciencial, a qual ainda, somos os únicos a fazer parte desse processo psicológico que nos diferencia e nos qualifica. Somos no planeta a ponta da pirâmide, onde abaixo de nós, animais não humanos, ainda se encontram no patamar de mata-mata, em uma pirâmide inferior, pela sobrevivência através da cadeia alimentar brutal.
Não possuem inteligência o suficiente para administrar suas reais necessidades dentro de um conceito de raciocínio e consciência, que nós humanos desenvolvemos, aceitável e justificável.
Não possuem inteligência o suficiente para administrar suas reais necessidades dentro de um conceito de raciocínio e consciência, que nós humanos desenvolvemos, aceitável e justificável.
Há milhões de anos, poderíamos sim, aceitar nossa brutalidade e inconsciência através de atitudes primitivista de matar cruelmente seres que sentem o que sentimos, porém com um adendo, real sobrevivência e incapacidade de compreensão.
Animais não humanos, por mais que tenham que sacrificar vidas alheias para suprirem suas próprias vidas, a ética existencial está presente visivelmente dentro do contexto ainda que primitivo, quando apenas se mata por fome ou defesa, e não para alimentar a ganância desenfreada, como a espécie humana. A maior grosseria intelectual é misturar e correlacionar seres humanos, a seres que não conseguem estabelecer o controle de seu processo cognitivo.
Temos inteligência, e através dessa, tecnologia o bastante para provarmos para nós mesmos que não somos animais desprovidos de intelecto e sentimentos, que misturadas podemos extrair a compaixão, piedade e o amor incondicional por outras formas de vida, a qual, também somos extremamente dependentes. O planeta Terra é um organismo vivo, que todos nós fazemos parte, independente de formas.
Jota Caballero