domingo, 4 de junho de 2017

NUNCA CONDENE UM PROTETOR DE ANIMAIS, SEJA QUAL FOR O MOTIVO



Nunca condene um protetor pelas suas fraquezas, todos os dias ele tenta o impossível. Só protetor de verdade sabe como se dorme, e como se acorda, todos os dias são iguais e os problemas insolúveis.  

Protetor de animais,  muitas pessoas têm uma visão distorcida do que realmente são, o que fazem e o porquê fazem. Muitos imaginam que são pessoas fora do padrão mental, outros acham que é carência afetiva, e que isso os leva a entregar suas vidas e dedicá-las a salvar vidas de outras espécies, no caso animais domésticos, como cão e gato. 

Mas não, vai muito além de suas mazelas sociais inerentes apenas a seus relacionamentos humanos. Não é uma regra,  e nem posso generalizar, mas a maioria dos protetores carregam dentro de si a responsabilidade de sanar ou minorar a dor que a covardia  promove em número, grau e gênero, a milhares e milhares de animais ao nosso redor. Ninguém em sã consciência vai viver meio ao sofrimento, da sujeira, no caos que muitos abrigos, por não ter apoio do governo passam, e mesmo assim são chamados de acumuladores e são até caçados, pelo mesmo Estado que promove tal situação.  

Muitos desses, conseguiram enxergar na alma dos animais, a  semelhança, a igualdade física, no quesito dor, frio e fome,  e até emocional que esses animais carregam dentro de si,  que são  sentimentos que foram regados, como:   saudade,  ciúmes,  apego, etc. Basicamente emoções que introduzimos nos animais, no qual, é conhecida como humanização, o ato de ensinar e condicionar animais a se comportar como humanos, adquirindo hábitos e costumes. 

O que isso gera?    Gera dependência, fraqueza, inutilização de seus instintos de sobrevivência. Quando deparamos com um animal recém abandonado, vemos claramente seu desespero, sua única saída em um mundo hostil em todos os sentidos, no qual foi jogado literalmente. Repito, desespero! Não há nada mais que o resta, até ser salvo ou atropelado e por fim, morto.
  
Daí entra aquela pessoa sensível, provida de conhecimento e sentimento, porém sem estrutura, mas está lá sempre pronta para tomar o lugar do irresponsável que o abandonou, do Estado que se omite, e do destino, que incumbiu uma trajetória cruel, dando sim, do jeito que pode, um novo destino. 

Quem ajuda animais hoje, tem uma tarefa dolorosa, pois, não existe vida, o que existe é uma repetição de afazeres todos os dias, entre, alimentar animais, limpar suas fezes e enterrar seus mortos, esse é a rotina de abrigos que suportam mais de 50 animais. Ser protetor não é prazeroso e muito menos uma escolha, é uma necessidade de sua alma, que por uma razão implícita, levanta sua cabeça e faz seu dever numa labuta frenética de dor, apenas dor.  

Então, não critiquem nenhum protetor, não julgue se não conhece seu trabalho, não difame, se não tem condições de arcar com o prejuízo que isso pode vir a causar, pois não é o protetor que vai sofrer na pele e sim, os animais que já foram vítimas do primeiro abandono. 

Jota Caballero 


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