Corresponde a uma festa tauromáquica própria de apenas algumas localidades espanholas, nomeadamente Valencia, nas quais os touros são presos pelos chifres a postes, sendo-lhes colocados, através de hastes, bolas de alcatrão, tipo tochas, as quais, com material inflamável, é colocado fogo. Os touros são depois soltos dos postes, ficando com os olhos a arder durante o período habitual de uma hora – tempo que estas festas costumam durar.
"Segundo testemunhos de médicos veterinários e especialistas em comportamento animal, o sofrimento físico que os touros experienciam quando os seus olhos ficam a arder é muito grande, porque os olhos dos touros são muito sensíveis, acabam com os olhos, focinho, boca e língua gravemente queimados, entre outras partes do corpo. Sem contar o sofrimento psíquico que resulta dessa prática abominável. Querendo libertar-se do fogo que os torturam, ficam desnorteados, enquanto seus algozes se glorificam com essa atitude sádica e descabível para era em que vivemos.
Cultura nem costumes podem ser estáticos, fica incompatível com os avanços da sociedade em todos os sentidos e logicamente com a própria evolução do homem. Os animais se aproximam mais a cada dia de nós humanos. Hoje conseguimos ver peculiaridades nos seres vivos, que nos leva a níveis de reflexão, pois não há mais espaço para primitivismo exalado pela espécie humana, a única capacitada com os atributos e ferramentes orgânicas mais perfeitas da crosta terrestre.