Hoje à espécie humana é vista como uma praga. Se espalha viralmente, se reproduzindo sem controle de natalidade, explorando tudo e a todos. Sabemos que ainda há espaço e alimentos para todos, mas não para suportar a ganância de poucos que monopolizaram toda a riqueza desse lugar. Dentro de nossa própria espécie, lutamos contra nós mesmos, e fora de nossa, somos algozes insaciáveis devorando centímetro por centímetro e por segundo. Fazemos o inferno desse lugar e infernizamos aqueles que assim como nós temporariamente estão passando por aqui, os animais não humanos. Somos hóspedes de um hotel, que nenhum vizinho de quarto, gostaria de ter por perto, os indesejáveis.
Não há espécie em paz no planeta, todas são vítimas em potencial da maldade humana. Matamos para comer, vestir, nos divertir, por perversidade e míseros prazeres terrenos. Nossas atitudes são mecânicas, frias e calculadas. Não há sentimento por parte daqueles que podem racionalizar, sensibilizar, processar todo tipo de emoção e assim, elaborar um projeto existencial nesse planeta com todos os recursos possíveis e inimagináveis para um mundo melhor, de plena existência, e a favor de todos. Isso é benevolência, algo que não possuímos, e as religiões nos inseriram uma errônea ideia dessa.
O que falta em nós humanos? Choque de ralidade! Precisamos, é extremamente necessário que passemos por momentos trágicos, para nos dar espelhos e enxergamos a tragédia que causamos a esse mundo a todo momento, e a muitos que respiram como nós, que por honra e mérito, são inocentes.
Nesse momento, existem florestas queimando, animais morrendo por todos os lados, sendo explorados pela sua força, seu valor comercial e sua carne. Sem esboçar qualquer reação de preocupação, lá estamos nós, culpados, assassinos e suicidas, assim caminhamos. O que será de nós, sem esse mundo que destruímos por segundo? Teríamos outro para infernizar, explorar e escravizar seus habitantes?
Quando falo em choque de realidade, falo em tragédias planetárias, asteroides, meteoros, tsunamis, e todo tipo de fenômeno natural, que de forma natural coloque as coisas em seus devidos lugares. Não é castigo divino, não é punição, é apenas proteção para esse planeta se livrar de uma praga, um vírus, que come sua crosta de forma desproporcional e mortal.
Assim como eliminamos bactérias indesejáveis de nossa pele, assim o organismo chamado Terra, fará. É só questão de tempo, acho que em breve. O planeta está insuportável em nossa bacteriana presença.
Infelizmente enxergar o próprio erro é pra poucos, continuar na sua conduta conveniente e sem se importar com o mundo a sua volta, é pra grande maioria. Assim segue a vida, temos que ser justos, se isso não acontece, nossa pequena e medíocre vidinha só enganará a nós mesmos.
Jota Caballero