Existem vários modos de olhar para os animais que fazem parte de nossa família, no qual denominamos "animais de estimação". Entretanto, até que ponto são tão estimados? Até que ponto nos preocupamos de ondem veem, por que pagamos, e por que não nos importamos com os de rua?
Quando falamos em animal de estimação, soa meio pejorativo, como capacho, puxadinho familiar, agregado ou apenas alguém que convive conosco por consequência do destino. A distância é visível, por isso que meus companheiros peludos, os chamo de filhos, por terem sido de uma forma de outra, jogados nesse mundo não por acaso, mas por uma conduta irresponsável daqueles que os tratavam como coisas e não vidas.
Adotei, e tenho como parte de mim, e de minha total responsabilidade. Além dos meus que estão sob minha tutela, me considero pai dos de rua, mesmo sendo um, tento fazer o que posso, dando voz e imagem para os que sofrem nas ruas, sob o frio, calor, fome e dor. Dando voz a esses na internet, em sites, blogs e rede sociais. Dedico hoje uma parte do meu dia para tentar esclarecer que a nossa volta estão seres brutalmente explorados pelo homem.
Onde quero chegar?
Sim, o ponto fundamental desse texto é: a grande fábrica de produzir vidas movidas por nós humanos está produzindo animais em excesso em nosso planeta, e não só animais "domésticos". A quantidade é desproporcional a realidade em que vivemos. Animais são produzidos em escala industrial em massa por segundo, não há controle populacional, não há leis para resguardar a ordem nessa cruel e irresponsável fábrica de vidas. Por todos os lados vemos animais abandonados, flagelados, moribundos, doentes, famintos e sozinhos à própria sorte. Essa fábrica de vidas para consumo em todos os sentidos, faz vítimas no seu estado mais cruel e quantitativo na pecuária. Sendo um assunto mais abrangente vou focar nos que dizemos "domésticos", como cães, gatos , pássaros, etc.
Temos que parar pelo menos alguns minutos por dia para refletir sobre os animais a nossa volta, suas origens, suas reais necessidades, a quantidade e o porquê de tanto sofrimento.
As pessoas pouco se importam sobre o motivo de ter tantos animais abandonados, engaiolados, atropelados, abandonados. Não se preocupam com pequenas atitudes negativas, que por mínimo que seja de nossa parte, geram consequências desastrosas, cruéis e dolorosas para muitos seres, no qual, achamos que amamos e tratamos bem, o que é um engano.
Amor seletivo, aquele que só ama os seus. Amor universal é real, incondicional e respeita todas as formas de vida, através do reconhecimento, através da visão periférica e não afunilada da realidade a sua volta, através da compaixão daqueles que passam dificuldades extremas sem possuir culpa alguma.
A verdade é, se você comprou um animal você é a ponta do problema. Você é responsável pelos animais abandonados e doentes, por pássaros em cárceres privados, abrigos super lotados, sabe por que? Você que investiu seu dinheiro para comprar uma vida, você ajudou alguém enriquecer em cima da escravidão sexual desses animais, a matriz que pariu seu cão virar um trapo sexual. Você e sua atitude irresponsável, ajuda a promover o inferno para os animais, um sofrimento pra lá de dantesco. Busque, pesquise e se informa sobre criadouros na internet, e verá o que significa a atitude de comprar um animal.
Por Jota Caballero